“Este é o primeiro passo de um projeto que pretendemos mais ambicioso com contornos científicos, culturais e educativos” avançou António Candeias, Vice-Reitor para a Investigação e Desenvolvimento da academia eborense ao esperar que, num futuro próximo, “a torre possa ser visitável e tornar-se em mais um elemento de atração na cidade albergando um centro interpretativo na área da meteorologia”.

Dotada de moderno equipamento tecnológico, a renovada estação meteorológica, que integra agora a rede do IPMA, voltou a estar em condições de medir a temperatura e humidade do ar, precipitação, intensidade e direção do vento, pressão atmosférica e radiação solar, uma evidência realçada por Rui Salgado, coordenado do ICT, polo da UÉ, aproveitando a ocasião para agradecer aos técnicos e investigadores envolvidos neste processo.

Referindo-se de igual forma à importância deste posto de observação meteorológica, Ricardo Deus, responsável da Divisão de Clima e Alterações Climáticas do IPMA mostrou-se ainda “sensibilizado" pela ligação que mantém com Universidade de Évora "pois foi aqui que estudei no Mestrado em Clima e Alterações Climáticas” recorda.

Os dados provenientes das diversas leituras passam a ser disponibilizados publicamente e em tempo real sendo fundamentais para as entidades com funções de proteção civil, caso do Serviço Municipal de Proteção Civil – SMPC, que passam a ter acesso a novos elementos para o exercício da sua atividade. A este respeito, Carlos Pinto Sá, Presidente da Câmara Municipal de Évora, considerou que esta estação é "muito importante não apenas no contexto local ou regional, mas também a nível global, uma vez que os dados recolhidos irão permitir importantes informações sobre a evolução das alterações climáticas”. Recorde-se que a estação meteorológica da Torre do Sertório foi fundada em 1869 tendo a sua atividade interrompida em 2014.