Arquitetura Paisagista da Universidade de Évora em destaque

Integrados em equipas multidisciplinares e respondendo a programas para desenhar distintas tipologias de espaço e em diversas escalas de intervenção, alunos, antigos alunos e professores de Arquitetura Paisagista da Universidade de Évora, têm visto o seu trabalho reconhecido com a atribuição de vários prémios a nível nacional e internacional.

Em 2017, foram vários os projetos distinguidos, entre ao quais, o projeto apresentado por Tiago Boieiro que em conjunto com Susana Café, aluna da licenciatura em arquitetura da Universidade de Évora alcançou o segundo lugar no Prémio Internacional de Arquitectura Matimex na categoria para estudantes, com o trabalho intitulado "SPA STAR - Centro de bem-estar do corpo e da mente". Este prémio pretende encontrar propostas inovadoras e criativas para a uma reflexão sobre a arquitetura do equilíbrio entre mente e corpo são.

Promovido pelo Parques De Sintra – Monte da Lua S.A., em conjunto com a Câmara Municipal de Sintra e assessoria da Ordem dos Arquitetos secção Regional Sul, foi lançado um concurso de ideias para criar uma "ponte verde" sobre o IC19 (Lisboa-Sintra), no âmbito do programa "Eixo Verde e Azul". O projeto coordenado pelo arq. paisagista Jorge Cancela  da Biodesign/Tetraplano, obteve o primeiro lugar num lote de 11 propostas apresentadas a concurso. Segundo o júri do concurso de ideias, "a proposta valoriza a integração paisagística, nomeadamente, pela boa integração proporcionada pela barreira acústica em talude com revestimento vegetal, junto ao IC19, e pela ponte verde de ligação entre os jardins do palácio [de Queluz] e a Matinha". O projeto apresentado pela Orla-Estudos e Projectos de Arquitectura Paisagista com a coordenação do arq. paisagista Miguel Cruz de Carvalho obteve o 3º prémio deste concurso de arquitetura paisagista.

Sob coordenação do arq. Luís Ferreira Neto com colaboração das arq. paisagistas Aurora Carapinha, Paula Simões e Catarina Patrão, o projeto que visa a Requalificação do Terreiro do Palácio Nacional de Queluz, e lançado pelas mesmas instituições, obteve o segundo 2º prémio do concurso. Para os autores do projeto, o principal objetivo foi “devolver o carácter cerimonial previsto no projecto original do Palácio de Queluz. Encontrando-nos evidentemente longe do contexto sociopolítico que dá origem à composição espacial e cénica do Palácio – e, naquilo que nos diz aqui respeito, do seu Terreiro”, realçam.

O Município de Abrantes em parceria com a Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos (OASRS) lançou um concurso com o objetivo da requalificação e valorização do Castelo de Abrantes, através da criação de programas para fins lúdicos, culturais e turísticos. O trabalho coordenado por Girão Lima Arquitectos + Arq. Miguel Cruz de Carvalho obteve o 3.º prémio, com uma proposta que “acrescenta uma nova camada numa lógica de continuum, respondendo às necessidades actuais e futuras do conjunto, reforçando a relação entre o Castelo e o Centro Histórico de Abrantes. A envolvente do Castelo é reinterpretada numa linguagem projectual contemporânea como um espaço uno, que articula os diversos usos e circulações, tornando a sua vivência mais diversificada e estimulante”.

Já em 2016, e conforme anunciado pela Universidade de Évora, António Pliz, arquiteto paisagista, e aluno de Mestrado em Arquitectura Paisagista na UÉ, foi o vencedor do concurso Twin Creeks Linear Park Design. Este concurso de design, promovido pela cidade do Kansas (USA), teve o propósito de selecionar a melhor proposta para a futura construção de um parque verde da cidade, localizado na área de Twin Creeks. O júri, composto por designers, artistas, entre outros elementos ligados à comunidade local, num total de nove, frisou a “alta qualidade das propostas” recebidas por equipas provenientes de nove países.

Recorde-se que ainda em 2016, o projeto apresentado pela equipa coordenada pelo arquitecto José Adrião obteve com o arq. Paisagista Nuno Pires Figueiras o 2.º prémio, num lote de 19 propostas apresentadas a um Concurso de Concepção para a Elaboração do Projecto para o Parque Urbano da Cruz de Montalvão, um procedimento promovido pela Câmara Municipal de Castelo Branco, com a assessoria da Secção Regional da Ordem dos Arquitectos, que se desenvolve numa área com 21 hectares dentro dos limites da cidade e com o objectivo de explorar e abordar as necessidades de funcionalidade e sustentabilidade de um novo parque urbano, conduzindo à criação de novos discursos sobre a cidade, o território e a paisagem. A proposta do arquiteto José Adrião define-se “a partir de um conceito muito forte e claro: a relação bosque-clareira”. Ainda no mesmo concurso foi atribuída a 1ª menção honrosa ao projeto apresentado pelo atelier Sítio e Lugar, coordenado pela arq. paisagista Paula Simões com os arq. paisagistas Catarina Patrão, Nuno Récio, Rute Sousa Matos e Rafael Pereira.

A Universidade de Évora congratula-se pelo reconhecimento público dos vários trabalhos que alunos, antigos alunos e professores, têm submetido a concursos nacionais e internacionais. Só nos últimos meses, em projetos com as mais diversas escalas e tipologias, a Universidade de Évora foi referida como escola de formação de um primeiro prémio, três segundos prémios, dois terceiros e uma menção honrosa. Conscientes da importância das bases lançadas pela formação especializada e ampla que a Arquitetura Paisagista da Universidade de Évora oferece, orgulhamo-nos de ver reconhecidos projetos que combinam a técnica, a ciência e a arte e que consolidam tanto o desenho do espaço aberto quanto os usos da paisagem de uma forma interdisciplinar e sustentável.

Publicado em 04.07.2017
Fonte: GabCom | UÉ